No Domingo resolvi inovar e tentar uma experiência gastronómica diferente...Enguias fritas!
Quando olhei para elas a primeiras vez tinham bom aspecto, estavam todas congeladinhas numa caixa de plástico.
- acho que estes bichos fritos são um petisco. Vou levar! Disse eu.
Levei-as para casa e quando descongelaram, a minha visão do petisco alterou-se...eram pequenas cobrinhas pretas e esverdeadas, com olhinhos e 2 pequenas barbatanas. Enchi-me de coragem lá as fritei. Enquanto olhava para aquelas criaturas a dourar na frigideira ia perguntando a mim mesma como é que eu ia conseguir comer aquilo. Cobras, senhores! eram cobras!
Pronto, lá foram para a mesa. E eu, lá lhes dei a primeira trinca. O sabor não é mau, mas a sensação de trincar aquela pele grossa foi muuuuuito estranha. Conclusão, lá comi as enguias que eu própria comprei e fritei. Foi com algum esforço que as comi (não reclamei, não disse nada sobre o jantar, afinal a ideia de comprar aquilo até foi minha) e ainda por cima não fiquei surpreendida com o sabor.
Fiquei surpreendida foi com o ciclo de vida destas criaturas.
Aqui vai:
Nascem no Oceano Atlântico, no Mar dos Sargaços, entre as Bahamas e as Bermudas, como larvas (leptocéfalas) são arrastadas ao longo de um período de 2 a 3 anos pelas correntes oceânicas até às costas europeias onde inicia uma outra etapa, já como pequenas enguias ou enguias de vidro (transparentes) vão subindo ao longo dos rios e ribeiras onde adquirem o estado adulto para mais tarde regressarem de novo à origem onde se reproduzirão e morrerão.
A Enguia é um peixe omnívoro, e sobretudo carnívoro, muito voraz. Após entrar no ciclo de água doce alimenta-se de pequenos peixes, crustáceos, anfíbios, grandes larvas, etc., tudo que seja animal vivo, morto ou mesmo em decomposição.
Depois desta última frase decidi não voltar a repetir a aventura gastronómica.
arghhhhhhh!
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