O Senhor Feliz

Da minha janela quase indiscreta acabo de ver passar um carro com uma curta frase escrita na porta "O feliz"…e pensei…olha, afinal sempre há dessas criaturas por aí! Que agradável!!!

Será com certeza uma espécie em vias de extinção, cada vez mais rara de encontrar. É que estar feliz até parece estranho, uma pessoa feliz está quase como que possuída por um vírus e qualquer contacto pode até ser tóxico. Vá que começamos todos para aí a saltitar de alegria e a exibir sorrisos de felicidade, despreocupados com as contas e com as responsabilidades. Andar por aí feliz pode ser uma afronta aos demais deprimidos e resignados cidadãos que lamentam a sua triste existência e o "enorme aumento de imposto". É preciso cuidado, atenção que um sorriso até pode, quem sabe, vir a ser alvo de uma taxa qualquer criada para o propósito (eu não me lembro de alguma vez ter visto o ministro das finanças a sorrir…mas se calhar é porque adormeço sempre antes da parte em que ele o faz)

Acabava eu de dizer isto aos meus botões, quando vejo passar um carro da policia, logo a seguir ao do sr. O Feliz.

Aaaaah, fiquei muito mais descansada. Afinal esse tal senhor "O Feliz" vai ser, com certeza, detido uns metros mais à frente para averiguações. 

Não se pode permitir que ande por aí a exibir sinais exteriores de riqueza, quer dizer, de felicidade impunemente. 

É que dizem que a felicidade é contagiosa, o que é demasiado arriscado, e não nos pode ser permitido. Pelo menos por agora!

Otária, eu?

Sonho que um dia isto me vai acontecer a mim...e feita otária, saio de casa de manhã para ir trabalhar, engano-me na saída da auto-estrada e, eis senão quando estou na praia de Copacabana, a milhares de quilómetros do meu habitat natural, a apanhar um sol, a tomar uns banhos no mar e a ser antipática com quem tiver a ousadia de incomodar o meu descanso. 
Ah, mas regresso a casa ao final do dia que tenho que fazer o jantar!

Estranhezas de um certo mundo imobiliário mais chique - Parte 2

Ainda na sequência da minha curiosidade por imóveis de luxo, descobri no mesmo site, este mistério.

É normal pensar que, nas moradias enormes que estão para venda, e onde habitaram várias gerações da mesma família, ocorreram crimes, traições, episódios muito estranhos (já vimos isso em filmes e nas séries do Sherlock Holmes)  

Neste caso, depois de percorrermos várias divisões da casa, chegamos ao quarto...e...o que estará debaixo da colcha?

O culpado é o mordomo?......seja como for, podiam ter escondido melhor o cadáver!

Estranhezas de um certo mundo imobiliário mais chique - Parte 1

Estava eu, motivada pela mais simples curiosidade, pesquisando num site de uma "conhecidérrima" imobiliária que se dedica exclusivamente a habitações de luxo, quando, dei de caras com uma que me agradou. 

Pensei eu: - Olha que agradável!!! É espaçosa, tem garagem, está situado em frente ao mar, gosto da cor das paredes, do jardim....qual será o ano de construção de tão simpático chalét? 

Eh lá!!! Diz no texto que, uma das mais belas e elegantes casas da zona e é do "século IXX". QUÊ?!?!....talvez quisessem dizer "século XIX"...eu compreendo que não dignifique tanto o texto, por ser pouco distinto e pouco clássico, mas eu, quando tenho dúvidas, uso numeração árabe. Em principio é como o algodão, não engana!

O telefone de disco

Na época da fibra óptica, do wireless e do iphone, numa casa em Benfica, mantém-se resistente e a funcionar esta peça que para alguns é uma antiguidade:

-Um telefone de disco

Este clássico não tira fotografias, não permite acesso às redes sociais, não sabe o que é o GPS, mas ainda assim ainda faz parte da Aldeia Global porque, surpresa!!!...faz chamadas!!! Bem vistas as coisas, ainda mantém as pessoas, no mais simples sentido da expressão, "all together now".

Curioso foi apresentar uma criança de 10 anos a este clássico em actividade...

A B. chegou ao pé do telefone e disse:

- Ó mãe, olha um telefone antigo! Desconfiada, levantou o auscultador e dispara:

- Como é que se faz para ligar?

E eu, lá lhe expliquei que tinha que arrastar o dedo dentro das argolas do disco, marcando um a um os algarismos do número para onde ela queria ligar.

A B. assim fez, e alguns minutos a marcar o meu número de telemóvel (na 2ª tentativa foi bem sucedida), lá ouvimos o destinatário a tocar.

YEEEEEEAHHH FUNCIONA!!!!

E assim, de repente, este encontro imediato com um objecto que fez parte da minha vida levou-me a recordar os telefonemas para o trabalho da minha mãe a fazer queixinhas e a relatar as brigas com o meu irmão, para a Rádio Cidade, para as amigas, e principalmente fez-me recordar o cadeado, também conhecido na época como "controlo parental", que a minha mãe ameaçou pôr no disco caso eu não me afastasse do telefone por iniciativa própria. 

E pronto, depois de ultrapassado de forma airosa o fantástico momento, pensei "Deixa-te estar que nada disto faz de ti uma pessoa antiga, não, não, não!"

Rejeitei a chamada no meu telemóvel, a B. pousou o auscultador do telefone e diz:

- Ó mãe, vamos à procura de mais coisas do teu tempo, assim antigas? 

Conclusões Precipitadas

Na semana passada (6ª feira) enviei um email para um pequeno grupo de personagens que por acaso também são minhas colegas de trabalho. Como é importante para o enquadramento prático da situação, aqui fica o conteúdo do dito.(...continua mais abaixo)

Amigas,

Tomei uma decisão: Vou mudar de vida
Não vos disse mais cedo, porque foi uma decisão difícil, muito difícil de tomar. Creio que se fosse para vos dizer frente a frente, olhando nos olhos de cada uma de vocês eu não conseguiria enfrentar este novo desafio na minha vida !!!
Comunico que vou sair de Portugal para trilhar um novo rumo na minha vida!!!
Sei que nada se consegue lutando sozinho e, por isso, gostaria de agradecer a cada uma de vocês, minhas  amigas, que, directa ou indiretamente, influenciaram e  me acompanharam nestes anos!!!

Decidi seguir o conselho do nosso 1º. 

Assim desejo, do fundo do coração, muito sucesso para todas! 

Lutem e façam a diferença... Sejam humildes, sempre...  

A minha escolha é apenas por uma melhor qualidade de vida! 

Abalo já na próxima semana e deixo-vos abaixo a informações sobre onde vou iniciar minha nova vida, assim como os meus contatos!

Agradeço-vos  por tudo

 

Acontece que uma das pessoas para quem o enviei já tinha saído, portanto não viu naquele dia, e outras tantas não o leram porque tinha mais do que fazer no momento.

Até aqui tudo bem, não fosse existir aquilo a que chamamos de "acontecimento inesperado" e eu não tivesse ficado em casa doente na 2ª feira seguinte.

Ora sucede que, segundo relato dos próprios e de testemunhas credíveis, quando a minha querida "Miss F" e mais uns quantos distraídos, viram o email na 2ª feira (logo no único dia em que eu não fui trabalhar sem avisar) leram o texto assustados, de coração apertado, ficaram comovidos, afinal a sua Sofiazinha ia embora e não teve coragem de avisar. Foi o pânico, o horror...como é que isto nos pode acontecer...

- nãããooo!!! a nossa Sofiazinha vai-se embora!!!! como vamos viver sem ela?!?!?!!? buááá - pensaram todos, por breves segundos. 

Uma série de CONCLUSÕES PRECIPITADAS!!!!

Parece que tudo se recompôs quando chegaram à imagem e pensaram: 

- aaaah, "Degustador de cerveja", nãããa...ela não gosta de cerveja! ufaaaa!!!!

Eles voltaram da outra dimensão. 

E eu voltei ao trabalho.

O Quê? ou deveria dizer WTF?

Era uma vez eu. Num auditório, sentada, a assistir a uma festa de um colégio.

Havia muita gente, na maioria adolescentes. Na fila exactamente atrás de mim estavam um rapaz e uma rapariga que lá iam conversando.

Tudo bem, tudo normal, até que no palco alguém se engana.

Perante uma situação discutivelmente cómica, diz a rapariga:

- Eeeeh, enganaram-se, ganda LOL!

Responde o rapaz:

- Ganda LOL não. Não teve graça!

Socorro, estou desactualizada....sou do tempo em que amigos imaginários só tínhamos na infância, que desde cedo manifestávamos vários tipos de emoções e a única coisa que abreviávamos eram as horas de estudo e as visitas a casa das tias velhotas e chatas, enfim...alguém me arranja um dicionário de internetês/português?

Reacções masculinas

Ontem, ao final do dia, fui fazer umas pequenas compras num centro comercial com nome de um famoso navegador e explorador. Já com 3 sacos nas mãos resolvi sentar-me enquanto esperava pelo Pedro. 

Às vezes, estar à espera pode tornar-se um exercício engraçado. Fico ali a observar as pessoas, a diversidade de espécies, a roupa que vestem, as compras que trazem e, mais do que qualquer outra coisa,...as conversas que têm.

Ontem, entre várias situações, seleccionei uma que achei engraçada e que me chamou a atenção.

Estava sentada ao meu lado uma rapariga, esteve lá um bom bocado que eu sou testemunha, mais tarde chegou um rapaz que depois de lhe dar um beijo lhe diz: - Então, atraso de vida! 

A rapariga levanta-se e responde prontamente: - Eeeeuuuu?! Estou aqui à meia hora à espera! 

É agora que todos pensam (eu incluída) "pronto meu rapaz puseste a pata na poça, pede lá desculpa vá!".........

Ele, claro que não se ficou, diz-lhe: - Então porque é que não foste lá ter?!

HOMENS, vá lá, deixem essa coisa da dureza e orgulho para quando conversam uns com os outros, no balneário do ginásio, no jogo de futebol ou quando vão a conduzir no meio do trânsito. Em casos como o que descrevo, resulta muito melhor um pedido de desculpa. Procurem por um ar fofinho (pode parecer impossível mas não é), de preferência usando a legenda "olha para os meu olhinhos!!!" e peçam desculpa, não tem nada a ver com "mariquice" e as mulheres derretem-se.

 

Grande surpresa!!!

Há umas semanas atrás, depois de um dia de trabalho, resolvemos passar no centro comercial que fica a caminho de nossa casa para fazer umas compras.

Não havia muita gente, o que diga-se de passagem, é uma condição sine qua non* (às vezes gosto de parecer uma pessoa erudita e que conhece coisas e segredos que mais ninguém sabe...nada melhor do que introduzir no discurso uma expressãozita em Latim) consigo fazer compras tranquilamente, adquirir artigos de que realmente gosto e preciso.

Entrámos numa loja de roupa para adolescente, jovens mais crescidos e cotas que se recusam a sê-lo. Eu pus logo os olhos num vestido azul muito 70's e dirigi-me ao expositor enquanto o P. foi para o lado das roupas de homem. Até aqui nada de espantoso a assinalar, porque a surpresa ainda estava para acontecer.

Começa agora a Parte Emocionante: 

Estava eu de vestido na mão quando, para poder observar melhor dei um passito atrás e...OOOOPS! bati em qualquer coisa...virei-me devagar...um carrinho com uma bebé. Pedi desculpa, olhei para a pessoa que o segurava....e SURPRESA!!!!!!...era a Catarina A., uma querida amiga minha da faculdade que eu já não via há uns 14 anos. Claro que a reacção, minha e dela, foi totalmente efusiva. Claro que demos uns quantos gritos típicos de gaja, e que se ouviram na loja toda (até o P. se assustou) e um abraço que pôs toda a gente a olhar para nós.

Podemos dizer que foi um reencontro Retro, porque nestes tempos em que é vulgar procurar e reencontrar pessoas através das redes sociais, coleccionar "amigos" na sua maioria virtuais e tal e blá blá blá, desta vez pudemos gritar, dar um abraço e manifestar emoções. Como é que eu podia imaginar, que ia encontrar ali, uma amiga de carne e osso, que julgava estar tão longe de mim...Foi uma grande e feliz surpresa!!!

* Expressão em Latim para "sem a qual não"

Este blog não fecha, mas de vez em quando faz um intervalo.

Meninas e Meninos

Ontem testemunhei uma situação, que achei muito fofa e que retrata em poucos segundos como são diferentes os comportamentos básicos entre homens e mulheres.

Num pequeno parque infantil que tem um campo de futebol e ao lado, separado por uma rede alta, um espaço com baloiços e balancés, estava um grupo de crianças a brincar. 

No campo de futebol meia dúzia de rapazes, talvez entre os 7 e os 10 anos, jogavam à bola. Do alto do seu "projecto de masculinidade" gritavam uns com os outros, disputavam a bola e faziam tudo para se mostrar fortes e decidir afinal quem mandava ali, e isso incluía gritar a típica frase de incentivo aos companheiros de equipa: "PASSÀ BOLA CA*@#LHO!"

Esta expressão, tão libertadora e típica dos mais sentidos desabafos , foi aliás o que me fez olhar para o lado e comentar logo ali, (com os meus botões claro, que eu sou uma menina!): "Fo&?-se, há gajos na área!"

Dei mais uns passos et voilá!...na outra zona do parque estavam 3 meninas num baloiço a brincar e cantarolavam com tom fofinho e sonhador: "...com quem é que eu vou casar?, lá, lá, lá...!!!"

Apeteceu-me responder às meninas para lhes dizer que provavelmente irão casar com um exemplar de espécie masculina, semelhante aos que se defrontavam entusiasticamente no campo de futebol, mesmo ali ao lado. Mas depois pensei melhor e...bem, o melhor mesmo é deixar a natureza seguir o seu curso. Vão ter tempo de se divertir a descobrir...

No Pain No Gain

Ontem foi um Domingo agradavelmente fitness.
Resolvemos fazer o  percurso de 2,5 Km com subidas e descidas, curvas e contra-curvas sempre no meio das árvores em terreno irregular, no Parque Municipal aqui da terra. Mas não se pense que foi correr 2,5 Km e pronto já está...nã...nã...porque na verdade, tendo em conta o percurso, foi assim como ter feito Motocross mas sem Moto!

A somar 2,5 Km de corrida + 2,5 Km em passo acelerado e parando nos aparelhos de PUSH UPS, ABS, TRX tudo sempre no nível mais elevado + 2,5 Km a correr outra vez...para terminar...alongamentos!

Para além do evidente consumo calórico também fiquei a ganhar 2 bolhas no pé (a vaidade foi mais forte e usei uns ténis novos...ideia triste a não repetir), dor nos pés, nos gémeos, nas articulações em geral e nos abdominais em particular. Enfim, fartei-me de produzir e libertar substancias engraçadas como dopamina, endorfima, adrenalina, entre outras, que são saudáveis e nos fazem sentir muito bem.

Hoje estou que não posso! Parece que fui atropelada por uma carrinha de caixa aberta...como se costuma dizer "no pain no gain"...e isso é bom!!!

Cegonha Branca

As cegonhas são animais muito queridos e que fazem parte da nossa vida desde cedo. 
Afinal, e como é do conhecimento geral, são elas que trazem os bebés num embrulhinho fofinho, que varia entre azul ou cor-de-rosa, pendurado no bico. Voam muito quilómetros, para depois depositar os embrulhinhos, com todo o cuidado, chaminé abaixo de uma qualquer casa alheia, permitindo assim os desejados aumentos de membros nas nossas famílias. Talvez por esta e outra razões (talvez mais por outras do que por esta) as cegonhas não teme a presença das pessoas e a verdade é que vivem muito próximo dos locais habitados. Em alguns casos tão perto que chegam a partilhar as mesmas esplanadas e sombras no verão. Eu costumo vê-las muito durante as férias (as minhas e não as das cegonhas, entenda-se) no Alto Alentejo. Para que conste deixo aqui uma imagem de um encontro inesperado com uma família de descaradas.

14 de Fevereiro - A origem

Existem algumas teorias muito, muito, muito antigas, e pouco românticas para a celebração do dia 14 de Fevereiro. Este era o dia dedicado a Juno que era a rainha dos deuses (casada com Júpiter, claro!) e segundo consta, para honrar Juno decorria um grande festival, a Lupercalia. Dizia-se que durante este festival as pessoas andavam aos pares, que os casais eram sorteados (talvez pelo governo civil da altura) e que depois de tanta comemoração e festa, muitas vezes acabavam "apaixonados" e casados. 

Segundo parece durante estas festividades, algumas pessoas cuidadosamente escolhidas, os Lupercos, açoitavam com tiras de couro quem assistia e participava no festival, com a nobre intenção de libertar, tornar mais saudáveis e férteis principalmente as mulheres. 

Claro, que tanta diversão (ou não depende se estávamos do lados dos chicoteados ou dos que chicoteiam) e uma festa tão pouco discreta como esta teria que ter um fim. 

Parece que, anos mais tarde, houve um tal de São Valentim, mártir romano reconhecido pela igreja Católica, que se manteve firme na sua convicção Cristã, com isso aborreceu os romanos e foi condenado à morte. 

Tornou-se um mártir porque, mesmo contra a lei imposta pelo imperador Cláudio II que proibia a celebração de casamentos, dizia o imperador que os casamentos lhe estavam a atrapalhar os planos para a construção de um exército de homens empenhados e concentrados apenas na guerra, continuou a ajudar os casais enamorados e a celebrar casamentos às escondidas.

Mais tarde estas maluqueiras herdadas dos romanos foram proibidas por decreto papal  e São Valentim, que terá sido morto a 14 de Fevereiro, foi canonizado tornando-se o símbolo do AMOR e do dia dos namorados! 

Alguém viu o chinelo da X.?

A minha querida X. é uma inspiração para mim...é assim uma espécie de Mr. Bean versão light, feminina e gira!
Ora aqui fica mais um episódio a recordar...(eu ainda vou escrever um livro com as histórias da X., a sério que vou...!)

O que é que um casal de namorados pode fazer num Domingo de verão?...muitas coisas com certeza, mas a X. e o seu namorado resolveram ir almoçar um prego no pão (nham nham!) ao chiquérrimo e tão badalado restaurante do Estádio Municipal do Cacém (parece que tiveram que fazer reserva com 6 meses de antecedência). No final de tão saborosa refeição, decidiram ir dar um passeio romântico na praia de Carcavelos. E então o que podia correr mal desta vez?...NADA. ah! espera!...a X. levava calçados uns chinelos, ah! e parece que tem o hábito de os descalçar quando entra no carro (foi ela que disse, eu nunca vi). Então lá foi ela, de carro, como o namorado ao volante, descontraída a fazer a digestão do bife e da molhanga no pão (ai, até me está a subir o colesterol só de imaginar). Chegados ao estacionamento de Carcavelos e depois de lutar por um lugar para o carro, a X. descobre que não pode sair do carro, e porquê?...Só tinha um chinelo calçado!!!!...instalou-se a confusão:

- Onde está o meu chinelo? Não sei do chinelo! dizia ela.

- Mas como é possível? Foste para o restaurante descalça? resmungava o namorado!

Decidiram voltar ao restaurante, parece que tudo o que fica naquele restaurante dá para fazer empadão e a X. não queria ficar sem chinelo.

Chegados ao estacionamento do Estádio Municipal do Cacém (isto existe?!!?) lá estava o chinelo triste, só abandonado, gelado (onde é que eu já ouvi isto???) já sem esperança de voltar ao pé da X.



A X. jura que esta história que lhe aconteceu foi uma casualidade, JAMAIS foi uma tentativa sua para se tornar a Cinderela do Cacém!

Eu já tive os meus 15 minutos de fama!

Foi nos idos de Março de 2009 quando o meu P♥ me levou a ver os Blue Man Group - "How to Be a Megastar Tour 2.1", sentados tranquilamente na 1ª fila porque somos pessoas que gostam de estar em cima do acontecimento. 

Pois bem, o espectáculo começou. A história que eles contavam (ajudados por uma voz off) era de 3 pessoas que queriam ser verdadeiras megastars.

Excelente música, instrumentos pouco comuns, muita animação, muita cor, muito ritmo, e 3 homens completamente vestidos e pintados de azul. Só escapava os olhos, e que, só por si bastavam para dizer tudo. Altamente  expressivos, sem sorrir, sem falar, apenas com o poder da música, a presença em palco e o impacto da cor azul quase eléctrico. Eu estava quase hipnotizada! 

Ora tanto hipnotismo da minha parte, a certa altura do espectáculo, foi interrompido de forma completamente doida. 

É que, para que os 3 homens de azul pudessem aprender a ser megastars era preciso comprar um DVD, para comprar o DVD precisavam de fazer um telefonema e não tinham telefone a jeito. Ora o que aconteceu a seguir foram OS MEUS 15 MINUTOS DE FAMA (podem ficar invejosos à vontade, principalmente vocês mulheres!)...

Um dos rapazes azuis olhou para mim fixamente (meedooo), desceu a escada do palco, veio na minha direcção com uma mini câmara de filmar na mão (e eu pensei "ai ai ai!", e o meu P♥ olhava para a situação achando piada, nunca tirou os olhos da cena, acho que teve medo que os homens azuis me levassem) e eis senão quando, abriram a minha mala enquanto filmavam tudo o que lá estava dentro. 

Um deles procurou um telemóvel, não sem antes retirar e mostrar no ecrã gigante através da mini câmara, o meu creme para as mãos (todas sabemos que é elemento imprescindível nas nossas malas), de seguida tirou-me o meu querido cartão de crédito, e agarrou naquilo tudo, e na minha mão e....levou-me para o palco, lugar onde, diga-se de passagem e perdoem-me a pouca modéstia, me senti muito à vontade e fiquei muito bem.

Curiosidade importante a assinalar: os homens azuis cheiravam tão super bem a creme e pó de talco!!!

Fizeram uma chamada do meu telemóvel, digitaram um número do meu cartão e conseguiram adquirir o famoso DVD por $15000. Depois, de forma muito cavalheiresca e gentil levaram-me de volta ao meu lugar.

Eles lá conseguiram aprender a ser megastars, eu tive o meu momento de fama, o meu P♥ estava orgulhoso e...ainda hoje estou a pagar a prestações suaves a conta do telefone e do cartão de crédito! *(1)

Para a posteridade só ficou esta imagem tremida que foi dos nervos...

 

*(1) 

Deixa-me cá esclarecer que tudo foi tudo a mais pura das verdadinhas...até à parte de pagar conta do telefone e do cartão!!!

ah, e não havia nada combinado antecipadamente...tudo espontâneo!

O esclarecimento que se impõe!

A minha amiga X é real. 

É escusado sequer pensar que tenho amigos imaginários que povoam os meus pensamentos, com quem converso e que me contam histórias que me fazer rir !!!!

Tá dito!

A minha amiga X. e a roupa no porta bagagens

Quando se tem amigas como a X. qualquer ocorrência banal pode tornar-se num momento muito divertido.

Hoje, nuns minutos de conversa de amigas, veio à memória da X. um acontecimento daqueles que, no mínimo nos deixam da cor de um tomate maduro! Eu não resisto e tenho que contar...mas ela sabe, e deixa!

Em tempos, era um hábito semanal da X., levar uns quantos saquinhos da roupa para casa da mãe para lavar (dizia a X. em jeito de desculpa: " a roupa lavada pela minha mãe fica sempre a cheirar tããããooo bem, não sei como ela consegue!!!!...estou farta de mudar de detergente e amaciador e não consigo os mesmos resultados).

Certo dia, em que talvez os planetas não estivessem alinhados, ou o universo tenha resolvido dar um lição à preguiça da X., aconteceu uma coisa que...vá lá, digamos...foi muito divertida!!!

Tinha ela estacionado a sua carripana em frente à casa dos pais, em plena rua que a viu crescer, cheia de vizinhos e transeuntes curiosos por saber novidades, e encheu o porta bagagens com sacos de roupa lavada e cheirosa. Tentou insistentemente fechar a porta da bagageira que teimava em não colaborar (o equipamento tem sempre razão...explicações mais à frente!). 

Cansada e chateada a X. decidiu não continuar a forçar a situação e deixou que a dita porta se abrisse, e...SURPRESA!!!!...no gancho do porta bagagens estava presa uma peça de roupa intima, muito intima, também conhecida por cuecas. Eras as malvadas cuecas, lavadas diga-se, que impediam que a porta se fechasse, e que nesse momento ficaram em exposição em plena luz do dia na rua dos pais (me-do!) penduradas no gancho do porta bagagens escancarado. 

Como uma desgraça, quero dizer, diversão nunca vem só, as cuecas que penduradas balançavam alegremente, teimavam em não se soltar do gancho apesar da insistência da X. e do seu namorado que já lá estava para a salvar. 

Acabou por ter que chamar o seu pai (digam lá que o pai  não é realmente o 1º super herói da vida de todas nós?), que, com muito jeitinho, depois de longos minutos, já rodeado de vários olhos, e para desespero da X. conseguiu retirar a dita peça de roupa intima do gancho do carro e fechar a bagageira.

Acho que foi a última vez que a X. deixou roupa para a lavar em casa da mãe...talvez já tenha acertado no perfume do amaciador!!!!!

Encontros Casuais - 2º

Desta vez num passeio para os lados de Pedrogão Grande. 

Tivemos que parar o carro porque eu, fotografa do acaso e insólito, não resisti a este pedido feito com tanta educação pendurado na grade de uma casa (com jardim, claro!). 

Que cortem as flores ainda vá, agora que "esgaçem" as roseiras?! por favor, isso não!!

Nota: Tenho que lá voltar para ver se as roseiras estão esgaçadas.

Encontros casuais - 1º

Em pleno baixo Alentejo, circulávamos nós com toda a calma de quem está de férias, quando à saída de uma localidade parámos num semáforo vermelho. Acontece que, na faixa de rodagem oposta parou um brilhante e super vermelho Ferrari Testarossa. Ali estava ele, mesmo de frente para nós. Eu, como qualquer boa fotografa da ocasião e do insólito, saquei da máquina fotográfica...abri a lente...foquei...e...disparei...

Este foi o resultado! e juro que o Ferrari estava lá 1 ou 2 segundos antes!!!!

Fica para a posteridade, a prova de que os 12 cilindros opostos de um Ferrari Testarossa, fazem com que o bicho acelere de 0 aos100 km/h em 5,8 segundos*(1), definitivamente é muito mais rápido do que a minha máquina fotográfica (depois deste episódio a máquina foi arquivada no museu e substituída por uma melhorzinha, não gosto de ficar para trás).

*(1)

acabaram de me confirmar de Itália (via satélite) a veracidade desta questão técnica.